sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nossas Expectativas

Um tema de importância nas relações humanas e que muitas vezes explica os distúrbios e desentendimento entre as pessoas é o das nossas expectativas que lançamos sobre as pessoas que convivemos ou passamos a nos relacionar.

Muitas vezes, tendemos a construir uma imagem sobre quem é e como é uma pessoa e a partir daí nos relacionamos com este “ser idealizado” por nossa mente, geralmente estando convictos de que ele vai agir de acordo com o que esperamos.

Essa forma neurótica e dependente de se relacionar cria um problema que aguarda o momento exato de surgir. É que surge o momento das provações, quando somos experimentados na arte do testemunho, das aquisições necessárias da fé e da confiança em Deus, nosso Pai.

Nesses momentos, estamos certos que contaremos com o apoio incondicional do amigo ou amiga, contaremos com a sua atenção e muitas vezes com a sua presença. Quando não há uma correspondência e a pessoa se comporta aquém do que esperamos então nos decepcionamos nos sentimos traídos e geralmente nos afastamos do convívio desapontados.

Dentro do evangelho vamos encontrar a figura de Judas. Ele tinha a expectativa de que Jesus fosse um Messias diferente. Que libertasse o povo do domínio romano, que fosse forte contra as injustiças. Acontece que o método messiânico de Jesus era outro, seu Reino não era desse mundo, pelo menos ainda não era.

A historia de Judas é conhecida; se sentindo traído, foi traidor, se sentindo culpado, cometeu suicídio. Pedro também traiu, quando prometeu que mesmo que todos abandonassem Jesus ele não abandonaria. Ele contava com as suas próprias intenções egóicas que fazem frágeis promessas. A diferença entre Pedro e Judas foi que Pedro acreditou no perdão de Deus.

Assim precisamos também estar atentos quanto estas expectativas que lançamos sobre os companheiros de viagem. Vamos respeitar cada um como é e vamos aprender o que significa liberdade!

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