Anotação de aprendiz
Compreensão = luz, incompreensão = sombras;
Ódio = doenças, perdão = cura e luz.
domingo, 26 de outubro de 2014
domingo, 31 de agosto de 2014
Praticando a Lei Espiritual - Evolução
Podemos ter uma postura ativa diante das leis da vida. Assim, buscando conscientemente a sintonia com a lei da evolução, sou convidado à mudanças. Mudar para crescer é um imperativo pois senão caio na estagnação, o que seria contrariar esta lei da vida. Para fazer este movimento entretanto sou desafiado a vivenciar uma virtude nem sempre fácil: o desapego.
Gratidão
Por mais um dia, pelo banho quente, pelo alimento à mesa, pelo calor da família, pela bênção dos amigos, pela saúde e pelas dificuldades que me ajudam a crescer, obrigado Senhor!
sábado, 30 de agosto de 2014
Prioridades
No caminho da Reforma Íntima, uma das primeiras conquistas é estar consciente do que se quer para a própria vida. Sabendo disso, nós estabelecemos as prioridades. A mais importante tarefa inicialmente será a realização pessoal, solucionar questões internas, conflitos e adquirir luz própria. Junto com este movimento prioritário, podemos desejar a oportunidade de um serviço voluntário, expandindo o bem que fizemos para os outros para os outros. Caso este seja o nosso caminho, não haverá problemas de falta de tempo, de oportunidade e outros impedimentos. O trabalho no bem para os outros será um prolongamento natural do bem que estamos buscando para nós mesmos.
sábado, 12 de outubro de 2013
Novos inquisidores
Percebo uma atitude arrogante por parte de alguns que se sentem donos da verdade ou defensores da pureza doutrinária, que se posicionam como quem tem autoridade para falar em nome do espiritismo, como se esta doutrina tivesse uma organização hierárquica de poder. Assim só falta excomungar alguns médiuns ou proibir deles fazerem palestras ou lançar livros.
Enquanto isso os médiuns prosseguem no seu labor junto aos espíritos plantando suas sementes do bem e sendo acolhidos calorosamente nos salões onde são convidados. Pessoas como eles, capazes de atrair a admiração e de influenciar tantas pessoas, certamente possuem alguma tarefa no concerto da orquestra divina nos serviços de regeneração.
Atacam sem piedade e respeito os médiuns, ou melhor os pseudomédiuns, em atitudes antifraterna como se, isso sim, não fosse antidoutrinário, antievangélico e antiético. A obsessão, o delírio ou fascinação devem ser combatidos, os livros são de supostos espíritos. Estão piores estes fiscais do que os cientistas materialistas com o rigor que necessitam ter antes de concluir sobre um novo princípio ou lei material.
A impressão é de que no mínimo alguns reflexos da idade média estão dando seus flashes e que os novos inquisidores estão preparando as ferramentas de tortura, a espera de um candidato à mediunidade, para a acusação, o processo, o julgamento, a condenação e só não a tortura física porque as leis civis assim o proíbem.
Acusam-se os médiuns de não terem compromisso com o espiritismo. Seria o caso de se pertuntar: como anda então o seu compromisso com o espiritismo? Está realmente sendo o homem de bem? Não seria inveja o fato de alguns autores estarem vendendo tantos livros? Devemos ter medo de ler os livros que podem então abalar a nossa fé? Vamos criar um novo índex librorum prohibitorum? Quem vai elaborar a lista? Isso vai gerar polêmica? Quem será o responsável por carimbar uma nova obra com um selo “obra genuinamente espírita”? Haverá uma taxação sobre este serviço? Os médiuns devem escrever para agradar mais o povo ou as lideranças espíritas?
Essa atitude psicológica é mais ou menos assim: Eu sou do bem e devo denunciar o mal. Então vou eleger um líder que admiro e adotar que somente ele é do bem e os demais são do mal e devem ser combatidos. Também há uma sensibilidade às novas ideias, particularmente as que trazem notícias do mundo espiritual. Como fica a progressão dos ensinamentos espíritas? Também não podemos falar em carma, pois não é um termo que faz parte da codificação. Desta forma também não poderíamos falar em clonagem, anencéfalos, bioética ou transplantes!
Também tem o preconceito com pretos velhos, caboclos e similares que também não deveriam frequentar os ambientes mediúnicos espíritas. Interessante que não se fala em preconceito com padres ou freiras, como se isso também não fosse espiritismo. Realmente chega a ser antipático alguém começar a listar o que é e o que não é espiritismo, como colocar uma imagem de Jesus ou Kardec na parede do centro não é espiritismo...
Ainda bem que nossas casas espíritas estão livres desta fiscalização e como diz o ditado popular; “Conselho e torrada, só se dá a quem pede”.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Espiritogismo - Obsessão ou Mediunidade?
Diante de um fenômeno, como uma patologia ou sofrimento psíquico, uma depressão por exemplo, os indivíduos tendem a interpretar ou entender as causas determinantes de acordo com o seu ângulo de visão. Isto significa no mínimo uma redução da verdade completa a um fragmento de verdade, como se uma mesa, por exemplo, fosse uma só perna da mesa. Vamos citar alguns exemplos:
Sociologismo - Seria a tendência de alguns filósofos ou sociólogos a verem os fatores econômicos, demográficos, as condições de vida, do meio ambiente e de trabalho, como os principais causadores do adoecimento. Na prática, a depressão pode ter sido precipitada pelo desemprego, por dívidas ou estresse no ambiente de trabalho.
Biologismo - Médicos, pesquisadores biomédicos e biólogos, sustentam as causas biológicas, fisiopatológicas para as doenças. A depressão representa uma redução da disponibilidade de neurotransmissores nas fendas sinápticas e o tratamento químico com agentes antidepressivos que atuam no sistema de receptores celulares. Podemos incluir as causas genéticas e hormonais.
Psicologismo - Psicólogos ou psicanalistas podem tender a enxergar apenas o ângulo emocional ou afetivo do problema, e assim a depressão teria origem em conflitos não resolvidos no inconsciente, nas frustrações, nas perdas ou nos rompimentos afetivos. A depressão pode ter surgido após a morte de um ente querido ou após uma separação conjugal.
Espiritogismo - Termo que propomos para a tendência que existe nos espíritas de enxergar a causa da doença em problemas espirituais. O religioso em geral costuma entender a depressão como falta de Deus ou ausência de oração, ação de satanás ou por não frequentar o templo. No espiritismo, em particular, seria a tendência de diagnosticar a doença como uma obsessão espiritual ou um problema mediúnico emergente. O atendente fraterno, portanto, precisa observar o paciente com um todo e fazer o encaminhamento correto para o tratamento adequado, que pode ser uma integração entre a medicina, a psicologia e o tratamento espiritual quando o caso assim exigir.
Vemos que todas as áreas citadas - da ciência, da filosofia como da religião - contêm verdades inquestionáveis, todavia elas não dão conta de explicar integralmente os fatos. Existe espaço para outros "gismos", que apontam para outras verdades parciais e que não devem ser desconsiderados. O ideal seria, portanto, uma teoria que integrasse todas as áreas de conhecimento humano.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Não Vim Trazer a Paz mas a Espada
Jesus representa sempre um desafio. Suas idéias são inovadoras, cheias de inspiração divina e provocam reflexões necessárias. Podemos considerar a frase "não vim trazer a paz mas a espada" como de Jesus mesmo, somente precisamos interpretar o que ele queria dizer.
Inicialmente sabemos que a missão de Jesus é de paz e esta foi a sua atitude durante a sua vida. Paz nas atitudes e paz de espírito. Já no campo das idéias, como enfatiza Kardec, ele foi revolucionário mesmo e questionou o modo de vida da época, especialmente a forma como fazíamos religião, a nossa espiritualidade e nossa relação com Deus.
Assim como Jesus, o Espiritismo também apresenta idéias novas, no século 19 e encontrou resistências em sua fase inicial, de afirmação de princípios. Como se trata de doutrina de revelação progressiva e que acompanha o progresso da ciência, novas idéias continuam surgindo, através dos líderes, médiuns e autores que pagam um preço por apresentares algumas idéias novas.
De nossa parte, resta uma reflexão sincera se estamos abertos a novos questionamentos, novas reflexões, a fazer reciclagem das idéias ou se comportamos como novos fariseus que são descritos por Kardec na introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, de onde apresento um parágrafo para nossa meditação.
"Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridade e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém."
Tabém no Evangelho Segundo o Espiritismo Kardec fala sobre as idéias novas:
"Toda idéia nova encontra forçosamente oposição, e não houve uma única que se implantasse sem lutas. A resistência, nesses casos, está sempre na razão da importância dos resultados previstos, pois quanto maior ela for, maior será o número de interesses ameaçados. Se for uma idéia notoriamente falsa, considerada sem conseqüências, ninguém se perturba com ela, e a deixam passar, confiantes na sua falta de vitalidade. Mas se é verdadeira, se está assentada em bases sólidas, se é possível entrever-lhe o futuro, um secreto pressentimento adverte os seus antagonistas de que se trata de um perigo para eles, para a ordem de coisas por cuja manutenção se interessam. E é por isso que se lançam contra ela e os seus adeptos. A medida da importância e das conseqüências de uma idéia nova nos é dada, portanto, pela emoção que o seu aparecimento provoca, pela violência da oposição que desperta, e pela intensidade e a persistência da cólera dos seus adversários."
Fábio Pires Vasconcelos
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