sábado, 9 de julho de 2011

Jornada da Evolução - 1

Involução e evolução

A concepção múltipla do homem – histórico
A interação entre as dimensões energéticas
Os estados de consciência
·                    Os níveis de consciência
·                    O desenvolvimento da consciência
As cartografias da consciência
Uma Taxonomia Refinada de Energias Sutis
Os chacras
As práticas espirituais
A concepção sociocultobiopsicoespiritual, AQAL

O Nível Social

O Nível Cultural
Relacionamentos
O inconsciente cultural
A comunicação
·                    A Psicologia social, abordagem familiar Sistêmica, o psicodrama e os grupos terapêuticos.
O trabalho com grupos

Inconsciente filogenético
 
Inconsciente racial ou de civilização

Inconsciente coletivo

As imagens arquetípicas e os arquétipos
Os mitos
Mandalas

Inconsciente passado


Os núcleos em potenciação de Jorge Andréa.
O carma e a responsabilidade pessoal e coletiva
A experiência da morte
A experiência de quase morte
A intermissão. O mundo espiritual.
A lei da reencarnação
Subpersonalidades.
Padrões e contra-padrões
As terapias regressivas

Inconsciente ontogenético


Programação evolutiva.

Planejamento da reencarnação. A escolha dos nossos pais
Gestação. A vida intra-uterina
Integração mãe / filho.
Matrizes perinatais básicas.
Atualizando o potencial filogenético
Parto.

Inconsciente pessoal ou Sombra
O inconsciente psicodinâmico
·      Estágios de desenvolvimento de Kernberg e as patologias correspondentes
Etapas da evolução psicossexual
Infância
Atitude dos pais e as internalizações
Anima e ânimus
Curando a criança ferida. A tendência de recriar e superar o passado no presente
Crenças errôneas ou imagens
Complexos
Complexo de abandono e sentimento de carência
Complexo de superioridade
Complexo de inferioridade
Complexo de Édipo e Electra
Complexo de culpa e autopunição
Dicionário de complexos.
O eu inferior. A sombra e os sentimentos negativos
A negação do Eu-inferior
Aspectos do Eu-inferior os vícios e os defeitos
Orgulho
Egoísmo
A intencionalidade negativa
A transformação do Eu-inferior
Padrões e contrapadrões do inconsciente pessoal.

Nível de Massa-energia Físico


O corpo físico Instintos Sistema nervoso central. O fulcro 1, físico e impulsos.
O nível de consciência sensório-motor
Grau evolucionário do nível de massa-energia e a correlação com os 4 quadrantes
Os três andares de André Luiz
As vivências do sensório, dos sentimentos e do córtex.
O lado esquerdo e o direito do cérebro.
Os reflexos condicionados
Sistema endócrino e as glândulas
O sistema hemático.
Respiração.
Circulação.
Digestão.
Alimentação e dietas.
O sistema imunológico
Sistema de excreção
Sistema de sustentação. Músculos.
Sistema reprodutor
Funções de relação
Locomoção
Órgãos do sentido
A doença como símbolo e caminho
Relaxamento. Técnicas .
Exercícios físicos. Técnicas.
A psiquiatria com a psicofarmacologia. Yoga. behaviorismo com a reflexologia

Nível de Massa-energia Etérico


O Duplo etérico

O nível de consciência vital
A energia vital. Ectoplasma, Efeitos físicos e as materializações.
Vitalismo.
Aura.
Hara
Libido e energia psíquica
Sexualidade
Bioenergia
Patologias etéricas
Exercícios de bioenergética.
A bioenergética, biossíntese ?

Homeopatia, acupuntura e medicina alternativa


Nível de Massa-energia Astral


O corpo astral
O nível de consciência emocional-sexual
As emoções
A cura das emoções
Quatro passos para a transformação das emoções negativas.
Ressentimento
Humor e o seu espectro.
Emoções primárias segundo Lowen.
Ansiedade.
Depressão.
Medo. As fobias.
Raiva, cólera, aversão e ódio.
A repressão
Os sentimentos
Amor
Tristeza.
Timidez e vergonha.
Estresse.
Exercícios dirigidos.
A analise transacional a Gestalt e as terapias humanistas.
Os florais, a homeopatia a as emoções

Nível de Massa-energia Psíquico 1


A Persona e a consciência do ego

Noções de ego
Identificação com o ego
Vivência do apego
As motivações
Apego, desejo e aversão; esperança e medo
Estados do ego
Mecanismos de defesas do ego
A personalidade – o caráter
O eneagrama da personalidade
A dualidade ou separatividade
As neuroses.
Inconsciente
A persona
A auto-imagem idealizada e o perfeccionismo
A auto-cobrança perfeccionista

O corpo mental
O nível de consciência mental
Vermelha
Azul
Laranja
Verde

O pensamento

Patologias do fulcro 5
Rigidez mental, inflexibilidade mental.
Fixação mental.
Preconceitos e prejulgamentos.
As viciações mentais.
Preocupações.
Um modelo de abordagem em Saúde Mental
Vontade, motivação e atitude
A reprogramação mental.
A metanóia. A reforma mental.

A mediunidade
O animismo
Experiências fora do corpo
Obsessões espirituais. As presenças.

Exercícios práticos.
A psicanálise e a programação neurolinguística
·      A abordagem cognitiva de Beck, a pnl, AT e o trabalho das imagens e crenças

Nível de Massa-Energia Psíquico 2

O nível de consciência mental superior
A sabedoria
Amarela
Turquesa
Coral

Eu superior

O trabalho com os “eus”
O Eu observador e a atenção
A recapitulação diária
Os Estados Alterados de Consciência
As virtudes
A ética
A terapia do perdão
Meditação, concentração
A oração, contemplação
As experiências místicas
O amor
O serviço
Visualizações terapêuticas
A transformação moral e mental, individuação ou realização
Crise e transformação
A intuição

Nível de Massa-energia Causal

O nível de consciência sobremental
Lei do carma

Nível de massa-energia não-dual

O nível de consciência supermental
O inconsciente futuro
Progressão de memória.
As profecias
O apocalipse
Inconsciente cósmico
A sincronicidade
A astrologia

Inconsciente puro ou self ou nível Átmico


O corpo átmico
O encontro com o Self , o numinoso, Samãdhi ou estado de Reino de Deus.
Self transpessoal.
A lei da evolução
Espiritualidade.
Impermanência
Desapego
Paz
Felicidade

·     Os três aspectos da trindade
·      
·      Cristo (Filho Unigênito)
·                    Pai – Palavra Criadora, Som, Logos, Verbo, o Criador
·                    Espírito Santo, Luz – a Divindade Absoluta, Suprema e Impenetrável, O Aberto, Bramam

Temas gerais
Fatores de perturbação
A adolescência
Sonhos.deslocar
Yin e Yang
Ritmos





Involução e evolução

Segundo as tradições, o processo completo de evolução ou "desdobramento" nunca poderia ter ocorrido sem um processo prévio de involução ou "dobramento." Não só não se pode explicar o mais alto em termos do mais baixo, como também o mais alto não emerge, de fato, do mais baixo; mas o contrário é verdadeiro, de acordo com as tradições. Isto é, as dimensões ou níveis mais baixos são realmente sedimentos ou depósitos das dimensões mais altas, e descobrem seu significado por causa das dimensões mais altas, das quais são uma versão diluída ou de nível inferior. Este processo de sedimentação é chamado de "involução" ou "emanação." Segundo as tradições, antes que a evolução ou desdobramento do Espírito possa acontecer, a involução ou o dobramento do Espírito deve ocorrer: o mais alto sucessivamente decai para o mais baixo. Deste modo, os níveis mais altos parecem emergir dos níveis mais baixos durante a evolução - por exemplo, a vida parece emergir da matéria - porque, e só porque, ambas foram primeiramente lá sedimentadas pela involução. Você não pode conseguir o mais alto a partir do mais baixo a menos que o mais alto já esteja lá, em potencial - dormindo, por assim dizer - esperando para emergir. O "milagre da emergência" é simplesmente o jogo criativo do Espírito nos campos de sua própria manifestação.
Portanto, para as tradições, o grande jogo cósmico começa quando o Espírito se exterioriza, por esporte e divertimento (lila, kenosis), para criar um universo manifesto. O Espírito se "perde", "esquece" de si próprio, assume uma fachada mágica de diversidade (maia), a fim de criar uma grande brincadeira de esconder consigo mesmo. Inicialmente, o Espírito se projeta para criar a alma, a qual é um reflexo diluído e um degrau abaixo do Espírito; a alma, então, desce para a mente, uma reflexo ainda mais pálido da glória radiante do Espírito; em seguida, a mente desce para a vida, e a vida desce para a matéria, que é a forma mais densa, mais baixa, menos consciente do Espírito. Poderíamos representar isto como: O Espírito-como-espírito desce para o Espírito-como-alma, que desce para o Espírito-como-mente, que desce para o Espírito-como-corpo, que desce para o Espírito-como-matéria. Estes níveis do Grande Ninho são todos formas do Espírito, mas essas formas tornam-se cada vez menos conscientes, cada vez menos cientes de sua Origem e Qüididade (Rubrica: filosofia.
Entre os escolásticos, essência ou natureza real de algo),
cada vez menos sensíveis à sua Essência eterna, embora nada mais sejam do que o Espírito-em-jogo.
Se representarmos os principais estágios emergentes da evolução como (A), (A + B), (A + B + C), e assim por diante - onde os sinais de adição significam que algo está emergindo ou sendo adicionado à manifestação - então podemos representar a involução como o prévio processo de subtração: o Espírito começa íntegro e completo, com todas as manifestações contidas potencialmente em si mesmo, que podemos representar em colchetes: [A + B + C + D + E]. O Espírito dá o primeiro passo na manifestação - e começa a perder-se na manifestação - desprendendo-se da natureza espiritual pura e assumindo uma forma manifesta, finita, limitada - isto é, a alma [A + B + C + D]. A alma agora esqueceu "E," ou sua identidade radical com e como Espírito; com a confusão e ansiedade resultantes, a alma foge deste terror descendo para a mente [A + B + C], que esqueceu "D," seu esplendor de alma; e a mente foge para a vida, esquecendo "C," ou sua inteligência; e, finalmente, a vida perde sua vitalidade vegetativa "B" e surge como a matéria "A", insenciente, inanimada, - neste ponto, algo como o Big Bang acontece, quando então a matéria explode na existência concreta e parece existir em todo o mundo manifesto apenas matéria insenciente, inanimada, morta.
Mas, curiosamente, esta matéria é ativa, não é mesmo? Não parece ficar deitada, aproveitando o seguro- desemprego, assistindo TV. Incrivelmente, esta matéria começa a dar-se corda: "ordem a partir do caos" é como a física da complexidade chama isto - ou estruturas dissipativas, ou auto-organização, ou transformação dinâmica. Mas os tradicionalistas foram mais diretos: "Deus não permanece petrificado e morto; as pedras clamam e elevam-se na direção do Espírito," como afirmou Hegel.
Em outras palavras, de acordo com as tradições, uma vez que a involução aconteceu, então a evolução começa ou pode começar, movendo-se de (A) para (A + B), para (A + B + C), e assim por diante, com cada principal passo emergente nada mais sendo do que um desdobramento ou lembrança das dimensões mais elevadas que foram secretamente dobradas ou sedimentadas nas mais baixas durante a involução. Aquilo que foi desmembrado, fragmentado e esquecido na involução é relembrado, reunido, inteirado e percebido durante a evolução. Daí a doutrina da anamnese, ou "recordação" platônica e vedântica, tão comum nas tradições: se a involução é um esquecimento de quem você é, a evolução é uma recordação de quem e o que você é - tat tvam asi: você é Isto. Satori, metanóia, moksha, e wu são alguns dos nomes clássicos para esta realização.
Os escritos de Wilber são evolucionários do início ao fim. A metáfora que melhor encaixa suas idéias é o modelo da escada (embora nos últimos anos ele tenha aperfeiçoado suas visões tanto que, atualmente, prefere a metáfora do rio).
De acordo com Wilber, a evolução tem um componente interior que não é facilmente descoberto pela ciência convencional. A ciência estuda as formas exteriores da vida e conclui que a evolução é basicamente uma questão de complexidade física. Mas a filosofia esotérica acrescenta uma dimensão interior: a evolução é também uma questão de aumento de profundidade e qualidade. Isso pode ser ilustrado graficamente no diagrama abaixo:

Intuição
 
 
 
 
  x
Mente
 
 
 
  x
  x
Emoções
 
 
  x
  x
  x
Vitalidade
 
  x
  x
  x
  x
Matéria
  x
  x
  x
  x
  x
 

minerais
plantas
animais
humanos
místicos

Essencialmente todos os princípios de desenvolvimento que Wilber descreve podem ser ilustrados por esse diagrama dos reinos da natureza. As plantas transcendem os minerais, assim como os animais transcendem as plantas, os humanos transcendem os animais e os místicos transcendem os humanos. Mas as plantas também incluem os minerais (elas têm um corpo físico), assim como os animais incluem as plantas ("vitalidade"), assim como os humanos incluem os animais (têm sentimento), e os místicos incluem os humanos (têm senso crítico).
Não há nada sobre esse diagrama que sugere a idéia de opressão ou desvalorização, como aqueles que se opõem à idéia de desenvolvimento hierárquico geralmente pensam; é simplesmente a forma que a Natureza funciona.
Na verdade, essa é uma visão inspiradora do desenvolvimento da vida e da mente. Entretanto, como a mente PODE reprimir as emoções, os humanos podem também abusar dos animais e da natureza em geral. Esse é um infeliz problema que deveria ser evitado a todo custo, embora a compreensão sobre o mecanismo da evolução não pode ser abandonada. Em doutrinas menos conhecidas da filosofia de Wilber está a idéia da involução. Nessa visão, estágios elevados podem ocorrer APÓS estágios mais básicos, mas isso não significa que são totalmente CAUSADOS por eles. Isto não é nada senão o materialismo. A filosofia esotérica afirma que quando a involução precede a evolução, o movimento inverso do espírito para a matéria. Sem a involução, a evolução é um processo instável de novas realidades "emergentes" constantes; com a involução, é um processo compreensível do grande movimento da Vida.
Na visão esotérica, o Espírito se manifesta na matéria e agrega todas as camadas de corpos "físicos" – isso foi muito bem elaborado no Neoplatonismo -- até alcançar o nadir da existência no plano material. A partir desse momento, o Espírito se move para cima novamente, transcendendo todas as camadas, até retornar ao seu ponto de partida no Divino. Essa grande visão efetivamente contraria a visão popular de que nós perdemos o Espírito em algum ponto nos primeiros anos de nossas vidas, quando nos tornamos adultos racionais. Esse romantismo é um exemplo da falácia pré-trans.
                        A grande síntese – o porquê da involução-evolução.
Wilber, rumo a uma teoria geral dos campos de energia
Queda e salvação, Ubaldi
O projeto Atman cap. Final
Pastorino apostila 1

Concepção múltipla do homem

Histórico

Paulo na primeira carta aos Coríntios fala do corpo espiritual e do corpo material. Também fala de uma trindade composta de corpo físico, alma e espírito. Neste caso, alma = perispírito. Há um autor protestante, Watchman Nee, que sustenta que o homem é um ser triplo. Só que ele não chama perispírito e sim alma de acordo com Paulo.
As pesquisas dos magnetizadores, De Rochas, Baraduc, Durville, Lefranc, Charles Lancelin, etc sustentaram a concepção múltipla do homem ou seja ; a existência de vários corpos de densidade diferentes entre o Espírito e o corpo físico.
Os metapsiquistas europeus pesquisaram a materialização. Os teosofistas buscaram na Índia apoio para as suas investigações e compararam com as descrições dos seus videntes. Todos chegaram às mesmas evidências.
No espiritismo – Antonio J Freire e os espíritos White Eagle e André Luiz, se referiram aos corpos espirituais e à sua constituição. Antonio J. Freire refere-se a uma comunicação mediúnica recebida pelo coronel De Rochas, do Espírito Vincent que “afirmava que o perispírito é constituído por uma serie de invólucros, mais ou menos eterizados de que os habitantes do mundo astral se vão desfazendo sucessivamente à medida que se elevam na escala da evolução, sendo embutidos uns sobre os outros como tubos de um telescópio, mas interpenetrando-se em todas as partes”.
Allan kardec se refere ao perispírito no O Livro dos Espíritos da seguinte maneira: na introdução parte VI : “há no homem três coisas: 1ª o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo principio vital; 2- a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3- o Laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a alma e o corpo...” e em Livro dos Espíritos na questão 93: O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem ou, como pretende alguns, está sempre envolto numa substancia qualquer? – envolve-o uma substancia, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.
Comentário de Kardec: Envolvendo o gérmen de um fruto , há o perisperma; do mesmo modo, uma substancia que, por comparação, se pode chamar Perispírito, serve de envoltório ao espírito propriamente dito. Muitos proclamam essa concepção como sendo genuinamente espírita, mas o próprio Kardec reconheceu a existência de antecedentes históricos, como a concepção tríplice de Paulo.
Na obra de Kardec, encontramos textos que antecipam a concepção múltipla do perispírito, quando ele indiretamente às vezes se referia, principalmente ao duplo etérico. De acordo com Elzio, Kardec ao perquirir a natureza do perispírito, “afirmou ser ele constituído de eletricidade, de fluido magnético animalizado, de fluido nervoso de matéria inerte, semi-material. Se o perispírito se constitui também de fluido nervoso, o Espírito o conduziria, em desencarnado, para o mundo espiritual ? É evidente que não, O Espírito terá que se desvencilhar dele ao abandonar o corpo. Se o perispírito é constituído também de matéria inerte, é justo pensar que esta não acompanharia o corpo espiritual, após a morte do corpo físico”.
Ainda de acordo com Elzio “outro indício dessa complexidade registra-se quando Kardec refere-se à evolução do perispírito. No capítulo IV do ESE, o Espírito São Luiz afirma que: “o próprio perispírito sofre transformações sucessivas; ele se eteriza cada vez mais até a depuração completa que constitui os Espíritos puros”. Kardec já escrevera: “nós sabemos que quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito torna-se etérea; donde se segue que a influencia material diminui à medida que o perispírito se torna menos grosseiro”. (LE/257). E mais “(...) Espíritos muito elevados, cujo envoltório etéreo não tem análogo aqui em baixo”. A seqüência de rarefação dos corpos torna-se compreensível, se atentarmos para a diversidade de planos espirituais, bem como para o fato de que as zonas espirituais devem ser formadas de distintas matérias e que os corpos devem ser consentâneos com elas.
Em O Livro dos Médiuns, o espírito Lamennais disse “...Vós pesquisais o perispírito; nós outros, agora, pesquisamos a alma. Esperai pois.” (Q 51)
No o livro dos médiuns, Allan Kardec se refere à matéria inerte e ao fluido nervoso. Como o perispírito não pode ser de matéria inerte, podemos considerar o perispírito como sendo formado de  também do corpo vital.
André Luiz considera os temos perispírito, corpo astral ou psicossoma como sinônimos. Assim o termo perispírito quer dizer duas coisas diferentes para AK e AL. Perispírito para Kardec seria assim os múltiplos corpos intermediários entre o Espírito e o corpo físico. Este último também sa o termo fluido vital no sentido de fluidos de Espíritos desencarnados, pertencentes ao corpo astral. ( Ação e Reação). André Luiz considera a existência do corpo vital, astral, mental e causal.
“De acordo com a milenar concepção setenária, originária da antiga tradição oriental, o agregado homem-espírito compõe-se de dois extratos distintos:
A - Tríade Divina ou Ternário Superior ou ainda Individualidade ou Eu - individualidade composta pelos níveis Átmico, Búdico e Mental Superior.
B- Quaternário Inferior ou Ego - Personalidade - composta pelos níveis Mental Inferior ou Concreto, Astral ou Emocional, Duplo Etérico ou Corpo Vital e Corpo Físico ou Somático.
Os corpos Físico e Etérico são corpos materiais, que se perdem pelo fenômeno morte. Os demais são Espirituais e o ser os vai abandonando gradativamente na medida que evolui até se tornar espírito puro”. (Godinho)
Justificativa do termo dimensão – do latim dimensione. Geom Cada uma das três extensões ( comprimento, largura e altura) que se consideram na geometria de Euclides; têm-se formulado modernamente outras geometrias de quatro e mais dimensões: quarta dimensão = o tempo. (Michaelis)
Desenho da cartografia e as influências do meio. O fator social, representado pelas condições sócio- econômicas, culturais, familiares, educação e meio ambiente. Os seres são um sistema de campos de energia, em dimensões diferentes, que estão constantemente interagindo com o meio ambiente, o qual inclui outros seres. Cada pensamento ou emoção é uma energia que pode afetar o campo energético dos outros. Uma pessoa nos deixa cansados, outra calmos e relaxados por causa dessas interações. Qualquer descrição estática dos campos de energia precisa ser vista como uma parada momentânea, artificial, do movimento contínuo que caracteriza qualquer campo. A energia em nós realiza movimentos de expansão e retração. O nível físico é o mais limitado, o Eu Superior o mais expandido. O esquema gráfico mais fiel à realidade portanto, em termos de expansão de energia, é desenhado de forma invertida, com o nível físico no centro, em situação mais circunscrita e mais limitada como realmente o é. Os campos interagem continuamente uns com os outros, através dos chacras, sendo também afetados pelos campos de outras pessoas. No estado de saúde a energia, em todos os campos, entra e sai, flui livremente. A condição patológica ocorre quando a energia é bloqueada e/ou reprimida em qualquer dos campos.
A idéia que, além de um espectro de consciência, existe um espectro de energia é comum em muitas tradições. Um tal espectro vai da energia física bruta, para a energia etérica, para a energia astral, para a energia psíquica, para a energia causal. Neste momento, sem discutir os detalhes, simplesmente aceitemos que exista um tal tipo de espectro de energia sutil. (wilber)
De maneira geral (que refinaremos à medida que prosseguirmos), estes 5 níveis de energia são essencialmente correlacionados com os 5 níveis de consciência (por exemplo, como apresentado na fig. 1). De acordo com as tradições, estas energias não são a mesma coisa que a consciência; a consciência não pode ser reduzida a estas energias; nem elas podem ser reduzidas à consciência. Estes níveis de energia acompanham e suportam seus correspondentes níveis de consciência (de forma que uma energia bruta é o suporte da consciência bruta, uma energia sutil é o suporte da consciência sutil, uma energia causal é o suporte da consciência causal, e assim por diante).

           
Pode-se representar o espectro de energia tal como na figura 1 (energia física, energia vital, energia mental, energia anímica). Todos os níveis, tanto de consciência quanto de energia, superiores ao nível mais baixo (ou "matéria") eram completamente transmateriais (metafísicos, sobrenaturais). Afirmava-se que estas energias formavam esferas concêntricas de expansão crescente, mas eram em si mesmas, essencialmente, não-material-brutas (ou, ontologicamente, preexistentes e separáveis da matéria).

Os pontos essenciais dessa formulação ainda podem ser verdadeiros, e são verdadeiros, eu creio. Mas com a comprrensão do enfoque naturalista da matriz AQAL, podemos reconhecer que muitos dos itens que as tradições pré-modernas acreditavam ser completamente transmateriais ou metafísicos são, na verdade, relacionados com a complexificação da matéria, não uma mera transcendência da matéria.
Sugerimos que esta naturalização de ocasiões metafísicas apresente três importantes componentes: a complexidade da forma bruta (no QSD) está relacionada com um grau crescente da consciência (no QSE), e com uma sutilização de energias correspondentes no próprio QSD. Podemos representar isto, grosseiramente, como na figura 7.

Nesta figura, vemos que os campos de energia que se pensava estar pairando metafisicamente além da matéria, na realidade emergem em correlação íntima com a complexificação da matéria. Estes campos sutis não podem ser reduzidos à matéria, mas nem tampouco são ontologicamente desconectados da matéria. O fantasma desconectado da máquina está, de fato, intimamente relacionado ao grau de complexidade da máquina. Cada mente tem seu corpo. Mente mais sutil e sofisticada significa, simplesmente, corpo mais sutil e sofisticado. Como veremos em breve, as tradições (particularmente o Vedanta e o Vajrayana) tiveram um compreensão muito profunda da relação entre consciência bruta, sutil, e causal com corpos brutos, sutis, e causais - mas eles não captaram completamente a hipótese conectiva nº 3 (isto é, a relação de tudo isso com as complexificações da matéria bruta).

            Apostila de Wilber, Rumo a uma teoria completa das energias sutis
Saúde e Espiritismo, pg. 33 a 47.
Saúde e espiritualidade, 2 a parte, II
O homem visível e invisível.
Ciência e espiritismo experimental ou da Alma humana.
Energética do Psiquismo, cp. 2, 3 e 4.
Sabedoria do Evangelho. vol. 1, pg. 9 a 13.
Frontiers of conciuosness, VII 14.
Aspectos espirituais da arte de curar, pg. 215 a 229.
Da alma humana. Antônio Joaquim Freire. Toda a obra.
Antologia do perispírito – José Jorge – toda a obra.
Mundo espírita 30/09/1967 – os corpos espirituais.
Anotações de um curso de passes com Elzio, 1988
Os chacras e a mediunidade – apostila da editora Circulus.
·                    Mãos de Luz, Brennan caps. 5, 6 e 7.


·      Interação dos níveis dimensionais
·       
·                    Segundo Saldanha ‘na prática não existe uma delimitação tão rígida entre esses diferentes níveis de consciência. Muitas vezes, eles se interpenetram ou são experienciados em frações de segundos, demonstrando que consciente e inconsciente são dimensões de uma mesma e única realidade. Ao nível da psicopatologia, muitas vezes um tema pertinente a um dado conteúdo psicodinâmico tem ressonância num episodio ocorrido na vida intrauterina e também numa experiência arquetípica ou ainda, numa suposta existência passada. Para Grof os conflitos ligados a diferentes níveis de consciência, formam um coex, ou seja um sistema de experiências condensadas. Para ele, temos inúmeros coexes em nossa personalidade, que quando acionados, geram sintomas ou experiências inusitadas. Já nas experiências transpessoais, os vários níveis de consciência são interconectados para que a vivencia possa ser completa.A falta de harmonia entre os ideais e as nossas ações, impede o fluxo de vida através dos níveis, causando obstrução no mental, emocional e doenças físicas.
Forças centrífugas e centrípetas. As somatizações.
Ressonâncias simbólicas, déjà vu.
Os nossos campos dimensionais despertam reações conscientes e inconscientes nas pessoas. Os relacionamentos são campos energéticos em interação. Somos responsáveis pelas influências que despertamos nos outros.
“A tradicional "Grande Cadeia do Ser" é normalmente apresentada como: matéria, corpo, mente, alma, e espírito. No Vedanta, por exemplo, estes são, respectivamente, os 5 invólucros ou níveis do Espírito: annamayakosha (o invólucro ou nível do alimento físico), pranamayakosha (o nível do élan vital), manomayakosha (o nível da mente), vijnanamayakosha (o nível da mente superior ou alma) e anandamayakosha (o nível da bem-aventurança transcendental ou espírito causal. O Vedanta, claro, adiciona turiya, ou o Self transcendental sempre presente, e turiyatita, ou o Espírito-como tal, não-dual, sempre presente, inqualificável”. (wilber)
“Com referência à figura 1, note que a Grande Cadeia, como concebida por seus proponentes (de Plotino a Aurobindo), é realmente mais um Grande Ninho - ou o que é freqüentemente chamado de uma "holarquia" - porque cada nível sênior vai além de seus níveis juniores, mas os envolve (ou os "aninha") - o que Plotino chamou "um desenvolvimento que é envolvimento." Porém, cada nível mais elevado também transcende radicalmente seu juniores e não pode nem ser reduzido a eles, nem explicados por eles. Isto é indicado na figura 1 como (A), (A + B), (A + B + C), e assim por diante, significando que cada nível sênior contém elementos ou qualidades que são emergentes e irredutíveis”.(wilber)
“Por exemplo, quando a vida (A + B) emerge da matéria (A), ela contém certas qualidades (tais como reprodução sexual, emoções interiores, autopoiese, élan vital, etc. - todas representadas por "B") que não podem ser atribuídas estritamente às condições materiais de "A." Do mesmo modo, quando a mente ("A + B + C") emerge da vida, ela contém características emergentes ("C") que não podem ser reduzidas, ou explicadas, somente pela vida e pela matéria. Quando a alma ("A + B + C + D") emerge, transcende a mente, a vida e o corpo. Assim, a evolução, é este "desdobramento" do Espírito, da matéria para o corpo, para a mente, para a alma, para o Espírito em si, ou a realização do Espírito absoluto que era a Meta e a Essência da seqüência inteira”. (wilber)

“Portanto, para as tradições, o grande jogo cósmico começa quando o Espírito se exterioriza, por esporte e divertimento (lila, kenosis), para criar um universo manifesto. O Espírito se "perde", "esquece" de si próprio, assume uma fachada mágica de diversidade (maia), a fim de criar uma grande brincadeira de esconder consigo mesmo. Inicialmente, o Espírito se projeta para criar a alma, a qual é um reflexo diluído e um degrau abaixo do Espírito; a alma, então, desce para a mente, uma reflexo ainda mais pálido da glória radiante do Espírito; em seguida, a mente desce para a vida, e a vida desce para a matéria, que é a forma mais densa, mais baixa, menos consciente do Espírito. Poderíamos representar isto como: O Espírito-como-espírito desce para o Espírito-como-alma, que desce para o Espírito-como-mente, que desce para o Espírito-como-corpo, que desce para o Espírito-como-matéria. Estes níveis do Grande Ninho são todos formas do Espírito, mas essas formas tornam-se cada vez menos conscientes, cada vez menos cientes de sua Origem e Qüididade, cada vez menos sensíveis à sua Essência eterna, embora nada mais sejam do que o Espírito-em-jogo”.(wilber)
“Em outras palavras, de acordo com as tradições, uma vez que a involução aconteceu, então a evolução começa ou pode começar, movendo-se de (A) para (A + B), para (A + B + C), e assim por diante, com cada principal passo emergente nada mais sendo do que um desdobramento ou lembrança das dimensões mais elevadas que foram secretamente dobradas ou sedimentadas nas mais baixas durante a involução. Aquilo que foi desmembrado, fragmentado e esquecido na involução é relembrado, reunido, inteirado e percebido durante a evolução. Daí a doutrina da anamnese, ou "recordação" platônica e vedântica, tão comum nas tradições: se a involução é um esquecimento de quem você é, a evolução é uma recordação de quem e o que você é - tat tvam asi: você é Isto. Satori, metanóia, moksha, e wu são alguns dos nomes clássicos para esta realização”.(wilber)
Mas existe um ponto que talvez devamos ter em mente quando nós, modernos, tentamos avaliar essas idéias: em última análise, os grandes sistemas metafísicos foram estruturas interpretativas que os sábios deram a suas experiências espirituais. Estes esquemas, como a Grande Cadeia, foram interpretações de experiências vividas - eles não foram tipos fixos e rígidos de grades ontológicas que são verdadeiros por toda a eternidade. Se, a seguir, questiono a adequabilidade de algumas dessas interpretações, não estou em absoluto questionando a autenticidade das experiências ou realizações desses grandes sábios. Estou simplesmente sugerindo que, à medida que a evolução se desenrola, novos horizontes podem ser usados para recontextualizar e remodelar estas experiências em sistemas de malhas interpretativas que são mais adequados à luz das contribuições modernas e pós-modernas, de forma que o resultado líquido é uma integração do melhor das formas pré-moderna, moderna e pós-moderna do desdobramento do Espírito.
A primeira dificuldade pode ser vista com este exemplo. Se você olhar para quaisquer das figuras que representam a metafísica tradicional (figs. 1, 2, 3), notará que todos os níveis superiores à matéria são realmente metafísicos, o que significa além da física ou além da matéria. O nível material inclui, por exemplo, o cérebro humano como uma entidade material complexa. De acordo com os sistemas metafísicos, isto significa que as sensações de um verme (que estão no nível 2) estão num nível mais elevado de realidade que o cérebro humano (que está no nível 1).
É claro que algo está errado com este esquema. Parte do problema é que a relação entre a consciência humana e a neurofisiologia humana não é óbvia (e nem mesmo disponível) para a fenomenologia introspectiva (isto é, para a meditação ou contemplação), o que significa que itens como dopamina, serotonina, circuitos sinápticos, o ciclo de Kreb, a regulação hipotalâmica, e assim por diante, não estavam geralmente disponíveis para os antigos. Novamente, isto não significa que sua realização espiritual foi falha ou inadequada, mas simplesmente que eles não tinham conhecimento de alguns fatos finitos descobertos pela ciência moderna. Se Plotino vivesse hoje, você pode apostar que dedicaria vários capítulos das Enéadas à neurofisiologia cerebral e sua relação com o espírito. Se Shankara vivesse hoje, sem dúvida seus comentários nos Brahma Sutras apresentariam extensas discussões sobre a relação dos nadis com os neurotransmissores. (wilber)
No mundo manifesto, o que chamamos de "matéria" não é o degrau inferior do grande espectro de existência, mas a forma exterior de todos os degraus do grande espectro. A matéria não é inferior e a consciência, superior, e sim matéria e consciência são o exterior e interior de cada situação.

Por enquanto, estamos limitando nossa atenção aos dois quadrantes superiores. No Quadrante SuperiorDireito, podemos ver a evolução exterior de formas "materiais" ou "físicas", como descoberta pela ciência moderna. Estas formas exteriores incluem, em ordem crescente de complexidade evolucionária, itens como: átomos, moléculas, células primitivas ou procarióticas, células verdadeiras ou eucarióticas, organismos com redes neurais, organismos com cordão neural (por exemplo, camarão), uma haste cerebral reptiliana (por exemplo, lagarto), um sistema límbico (por exemplo, cavalo), um neocórtex ou cérebro trino (por exemplo, seres humanos, com vários "estruturas-funções" mais elevadas também listadas).
A evolução crescente gera complexidade crescente da forma bruta. No QSD, por exemplo, vemos quarks para prótons, para átomos, para moléculas, para células, para organismos complexos. Este aumento em complexidade da forma (via processos como diferenciação e integração) há muito já foi observado por biólogos evolucionários. Ervin Laszlo: "Deste modo, ao mesmo tempo que um novo nível de organização significa uma simplificação da função sistêmica e da correspondente estrutura sistêmica, também significa a iniciação de um processo de complexificação estrutural e funcional progressivo." Acho que esta "complexificação" é bastante óbvia e não precisamos nos deter nela.

A complexidade crescente da forma bruta está correlacionada com a sutileza crescente de energias. À medida que a evolução se encaminha para formas brutas cada vez mais complexas, o grau crescente de complexidade bruta é acompanhado por correspondentes padrões (ou assinaturas) de energias cada vez mais sutis. Já que, neste momento, estamos focalizando seres individuais, eis o que temos: a evolução crescente gera complexidade crescente da forma bruta (no QSD), que se correlaciona com um grau crescente de consciência (no QSE), e, no próprio QSD, com uma sutilização de energias correspondentes. Portanto, em vez de interpretar níveis mais elevados como estando essencialmente divorciados da matéria bruta ou da forma bruta, a complexificação da forma bruta é o veículo de manifestação tanto de maior consciência quanto de energias mais sutis.

Todas são formas "exteriores" ou "materiais", uma vez que você as pode ver no mundo exterior ou sensório-motor. Mas cada uma dessas formas materiais de complexidade crescente tem, como correlato interior, um nível de consciência crescente. Deste modo (seguindo Whitehead): átomos, cujas formas exteriores são entidades físicas como nêutrons, prótons, e elétrons, possuem um interior de preensão ou proto-sentimentos (proto-conscientização); organismos neuronais possuem sensações interiores; organismos com cordão neural têm percepção; o aparecimento de animais com haste cerebral reptiliana gera a emergência de impulsos e instintos interiores; um sistema límbico exterior emerge com emoções interiores; um cérebro trino é a forma exterior ou material de uma consciência interior que pode conter, entre muitas outras coisas, cognição formal-operacional, moralidade pós-convencional, visão-lógica, capacidades lingüísticas e assim por diante. (Você pode ver algumas destas correlações entre o Quadrantes Superior Direito e Superior Esquerdo na fig. 5.)
Em resumo, toda situação do Quadrante Superior Esquerdo tem uma correlata no Quadrante Superior Direito e vice-versa. Não é meramente que os níveis mais elevados (vida, mente e alma) deixem impressões ou pegadas na matéria (que permaneceria no nível mais baixo), mas que o que nós chamamos de matéria é a forma exterior de cada um dos níveis interiores.

A complexidade crescente da forma (no QSD) está correlacionada com a crescente consciência interior (no QSE). Esta foi a "lei de complexidade e consciência" de Teilhard de Chardin - isto é, quanto mais da primeira, mais da última. Poderíamos enunciar de modo mais preciso: quanto maior o grau de complexidade exterior da forma material, maior o grau de consciência interior que pode ser desempenhado no âmbito daquela forma (isto é, correlação entre QSD e QSE).
Assim, os quatro quadrantes representam quatro dimensões inseparáveis do estar-no-mundo de qualquer indivíduo. Estas dimensões são tão fundamentais que toda as principais linguagens naturais as contêm como pronomes de primeira-pessoa, segunda-pessoa e terceira-pessoa, que podem ser resumidos como eu, nós, isso, e "issos". O quadrante superior esquerdo (QSE) é "eu," os sentimentos interiores ou conscientização de qualquer ser senciente individual (átomos a formigas, a macacos). O quadrante superior direito (QSD) é "isto," a forma exterior de um ser senciente (isto é, sua matéria e energia - que inclui, como logo veremos, as energias sutis). O QID é a forma exterior de um grupo, coletividade, ou sistema de seres ou indivíduos sencientes. E o QIE, o interior ou consciência coletivos, valores coletivos, experiências intersubjetivas, contextos culturais, e assim por diante. Novamente: o interior e o exterior individual e coletivo.


Qualquer espiritualidade pré-moderna que não entre em acordo com a modernidade e a pós-modernidade não tem nenhuma chance de sobrevivência no mundo futuro. Um modo de efetuar esta integração é usando AQAL ("todos os quadrantes, todos os níveis"), que combina as contribuições duradouras do pré-moderno, moderno, e pós-moderno. O "todos os níveis" refere-se ao grande espectro de ser e saber inicialmente interpretado tão brilhantemente pelo grandes sábios pré-modernos - matéria para corpo, para mente, para alma, para espírito (retornaremos a estes níveis daqui a pouco). O "todos os quadrantes" refere-se aos refinamentos trazidos pela modernidade (isto é, a matéria não está no degrau inferior, mas no exterior dos degraus) e pela pós-modernidade (isto é, todo ser individual está inserido em contextos culturais e sociais).
Na metateoria AQAL, o Kosmos manifesto é composto de hólons em várias perspectivas. Um hólon é um todo/parte - ou uma totalidade que é, simultaneamente, parte de outras totalidades - por exemplo, um átomo é parte de uma molécula, que é parte de uma célula, que é parte de um organismo, etc. Hólons individuais, indefinidamente para baixo - átomos, quarks, férmions - possuem uma centelha de sensibilidade ou preensão, de forma que todos os hólons individuais são seres sencientes. Todos os hólons individuais também são o que Whitehead chamou de "individualidades compostas" ou individualidades formadas por individualidades juniores: uma célula é uma individualidade composta formada por moléculas, que são individualidades compostas formadas por átomos, que são individualidades compostas....
O ponto importante é que todos estes campos - físico, etérico, astral, psíquico - são uma parte inerente dos hólons correspondentes no quadrante superior direito. Isto é, o exterior de um ser individual senciente (átomos a formigas, a macacos) consiste de uma forma mórfica individual e de seus campos de energia relacionados. Já que todo hólon é, na realidade, um hólon composto, ele contém em sua estrutura os sub-hólons prévios, que, por sua vez, possuem sua própria preensão interior (QSE) e forma e campo de energia exteriores (QSD), todos continuando sua própria existência relativamente independentes, mas agora envolvidos e incluídos no abraço do hólon superior, do qual são subcomponentes - hólons dentro de hólons, campos dentro de campos, energias dentro de energias, indefinidamente.
Daí por que a consciência, formas e campos de energia são holárquicos. Todos são hierarquias nidiformes de transcendência e inclusão. Nos domínios exteriores, que são marcados por sua extensão no espaço-tempo, você realmente pode observar muitas dessas holarquias: no QSD, células fisicamente envolvem moléculas, que fisicamente envolvem átomos. Igualmente, no QSD, o campo de energia psíquica envolve e envelopa (transcende e inclui) o campo astral, que envolve e envelopa o etérico, que envolve e envelopa o físico....
Harold Saxon Burr, fisiologista de Yale, que foi um dos primeiros grandes pioneiros na pesquisa científica (ou de terceira-pessoa) de campos de energia, usava freqüentemente um diagrama como o da figura 8, que representa os campos de energia detectados experimentalmente.
Paranormais altamente conhecidos e respeitados (por exemplo, Michal Levin) freqüentemente percebem estes envoltórios de energia essencialmente do mesmo modo como Burr os descreveu - campos dentro de campos, dentro de campos. Isto não significa que eles não apareçam de outros maneiras, somente que o diagrama de Burr capta alguns aspectos típicos e importantes destas energias
Embora estejamos focalizando hólons individuais e seus campos de energia no QSD, a natureza AQAL de todos os hólons sugere claramente que devam existir, no QID, sistemas coletivos de campos de energia associados aos hólons sociais, e acredito que existam (retornaremos a isto em seções posteriores).
A propósito, não existem campos de energia nos quadrantes do lado esquerdo, obviamente porque são aspectos de primeira-pessoa dos hólons: sensações, conscientização, consciência, e assim por diante, cujas correlações exteriores (ou do lado direito) são massa e energia. Todos os hólons possuem os quatro quadrantes, o que significa que todos os hólons apresentam interiores de consciência e exteriores de forma e energia (por exemplo, até mesmo a consciência sutil tem um corpo sutil e a consciência causal tem um corpo causal, etc.), mas a consciência em si não é energia, nem energia é consciência.

Nível de Massa-Energia
Nível Correspondente de Consciência
Físico Bruto (gravitacional, eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca)
1. Sensório-motor
Etérico, Campo-L 1 (L-1) ou Biocampo 1
2. Vital
3. Astral, Campo-L 2 (L-2) ou Biocampo 2
3. Emocional-sexual
4. Psíquico-1 ou Campo-T 1 (T-1)
4. Mental
5. Psíquico-2 ou Campo-T (T-2)
5. Mental Superior
6. Causal ou Campo-C
6. Sobremental
7. Não-dual
7. Supermental

No estágio presente de nosso conhecimento, parecem existir pelo menos sete principais níveis diferentes de energia. Eles se correlacionam aproximadamente com os setes chacras e são indicados na Tabela 1.

Energética do psiquismo, Jorge Andréa.
·                    Reencontro com a alma, Larry Dossey, todo.
·                    The psychology of transcendence, pag. 52.
·      A cura e a mente, III e  337.
·      O eu e o inconsciente, cp. 3 e 10.

Os estados de consciência

Tanto o Vedanta quanto o Vajrayana apresentam um mapa muito simples mas muito poderoso, da relação de estados de consciência, níveis de consciência, e domínios de corpos/energias. Acredito que este esquema seja essencialmente correto, até mesmo quando ajustado aos termos AQAL. Resumidamente:
Conforme o Vedanta/Vajrayana, existem três principais estados de consciência, correlacionados a três principais corpos (ou domínios de massa-energia), e cinco principais níveis/estruturas de consciência. Os 3 estados são: vigília, sonho e sono profundo. Os 3 corpos são: bruto, sutil e causal. O 5 níveis/envoltórios são os 5 koshas mencionados anteriormente (material bruto, emocional-prânico, mental, mental superior, supermental).
Em pessoas comuns, as relações são as seguintes: o estado de vigília, que possui uma consciência material, é correlacionado a (e suportado por) um corpo/energia bruto. O estado de sonho - que contém (ou pode conter) os 3 níveis, emocional, mental e mental-superior - é suportado por um corpo/energia sutil. E o estado de sono profundo, que contém uma consciência supermental, é suportado por um corpo/energia causal. Vide Tabela 2. (E observe: os estados e estágios de consciência são QSE; os corpos/energias são QSD.)
O brilhantismo deste esquema é que consegue relacionar estruturas de consciência, estados de consciência e energias de um modo simples e elegante, um modo que, em aspectos essenciais, tem ainda que ser melhorado. Escrevi extensivamente sobre estas correlações e por que são importantes para qualquer psicologia integral (vide, por exemplo, Sidebar G, "States and Stages" no site wilber.shambhala.com). Aqui, novamente, apresentarei um resumo muito breve.

Estado de Consciência
Nível/Estágio/Envoltório de Consciência
Corpo-Energia
Sono Profundo (Informe) (sushupti)
5. Anandamayakosha(espírito - bem-aventurança)
Corpo Causal (karana-sarira)
Sonho (svapna-sthana)
4. Vijnanamayakosha(buddhi; mente superior)
3. Manomayakosha(manas; mente)
2. Pranamayakosha(emocional-sexual)
Corpo Sutil(suksma-sarira)
Vigília (jagarita-sthana)
1. Annamayakosha (sensório-motor)
Corpo Bruto(sthula-sarira)

Tabela 2. Correlações de Estados de Consciência, Estágios de Consciência e Corpos (ou Energias)
Para começar, por que o Vedanta/Vajrayana afirma que o estado de vigília contém um nível de consciência mas o estado de sonho contém 3 níveis de consciência? De acordo com o Vedanta/Vajrayana, o ponto que mais define o estado de vigília é que você está consciente de corpos sensório-motores brutos: você pode ver pedras, árvores, rios, cidades, carros, planetas, etc., todos eles objetos ou corpos sensório-motores brutos (conseqüentemente, o domínio bruto). Você pode estar ciente de outras coisas no estados de vigília, porém se você pode ver pedras, você está consciente do domínio bruto.
Entretanto, quando você sonha, não está consciente de pedras, árvores, rios, cidades ou quaisquer outros objetos brutos. Você pode, porém, estar ciente de emoções, imagens, idéias, visões, arquétipos e assim por diante - em outras palavras, os 3 níveis intermediários de consciência podem aparecer no estado de sonho, e isso significa que os 3 níveis intermediários de consciência podem todos ser suportados pelo mesmo corpo sutil. (Obviamente, isto não quer dizer que este corpo-energia sutil não possa ser subdividido, o que é feito tanto pelo Vedanta quanto pelo Vajrayana; significa apenas que todas as formas de energia sutil são gêneros desta família [vide abaixo]).
No entanto, quando você entra no estado de sono profundo, sem sonhos, até esses níveis de consciência e energia desaparecem, e passa a existir somente uma vasta, quase infinita, consciência supermental - uma consciência beatífica-radiante e quase informe (anandamayakosha) - que é suportada por um corpo-energia causal (que o Vedanta chama de "causal" e o Vajrayana, de "muito sutil"; isto é, no Vedanta, os corpos-energias são chamados de bruto, sutil, e causal; no Vajrayana, eles são chamados de bruto, sutil, e muito sutil; eu seguirei o Vedanta, embora esteja claro que ambos referem-se, essencialmente, aos mesmos fenômenos, já que identificam explicitamente estes estados/corpos com vigília, sonho e sono profundo).
Uma das muitas razões da importância deste modelo é que nos permite compreender relações complicadas, e de outro modo confusas, entre estados e estágios. É difícil demonstrar a profundidade da realização do Vedanta/Vajrayana num resumo tão curto, mas usarei um rápido exemplo que poderá ajudar. De acordo com ambos, Vedanta e Vajrayana, os estados e seu corpos/domínios são dados aos seres humanos desde o nascimento (e estão completamente presentes), mas os níveis ou estágios se desenvolvem (e não estão todos presentes no nascimento).
Comecemos por alguns fatos incontestáveis: um bebê desperta, sonha, e dorme - em outras palavras, o bebê tem acesso aos 3 principais estados de consciência. Mas o bebê não tem acesso a todos os principais estágios de consciência (por exemplo, o bebê não tem acesso à cognição operacional formal, que emerge ou se desenvolve durante a adolescência; nem tem acesso à moralidade pós-convencional, nem à capacidade de raciocínio hipotético, nem ao meme laranja, nem ao meme verde, e assim por diante. Os níveis mais elevados, tais como manas e vijnana, ainda não emergiram).
Assim, se olharmos para o conteúdo do estado de sonho do bebê, o que acharemos? O que quer que seja, não será conteúdo dos estágios mais elevados de desenvolvimento: como as pesquisas deixaram abundantemente claro, os sonhos de bebês e crianças pequenas não contêm pensamentos operacionais formais, nem impulsos pós-convencionais, nem visões turquesas, e assim por diante. O conteúdo dos vários estados são fornecidos pelo(s) estágio(s) de desenvolvimento em que a pessoa se encontra.
Deste modo, usando o esquema simples de 5 estágios, um bebê tem acesso aos 3 grandes estados (vigília, sonho e sono profundo) e a seus 3 corpos-energias associados (bruto, sutil e causal); mas desenvolveu apenas o primeiro ou os dois primeiros dos 5 níveis de consciência: isto é, o material-alimento e o emocional-prânico. Os níveis/estágios mais elevados (mental, mental superior e supermental) ainda não emergiram. Então, o conteúdo real dos estados de vigília e sonho do bebê serão fornecidos por esses dois primeiros níveis de consciência.
À medida que a criança cresce, amadurece, se desenvolve e o níveis/estágios mais elevados começam a emergir, então o conteúdo desses níveis proverá a maior parte do conteúdo para os vários estados. Quando uma pessoa alcança a idade adulta - e desenvolveu, por exemplo, a cognição operacional formal, a moralidade pós-convencional, valores amarelos, etc. - então esses conteúdos podem ser encontrados tanto no estado de vigília quanto no de sonho, como, novamente, as pesquisas repetidamente demonstram.
Agora, para o Vedanta e o Vajrayana, o ponto fundamental deste esquema é que, quando uma pessoa é altamente evoluída - ou iluminada - então ela desenvolveu, consciente e completamente, todos os 5 níveis/estágios de consciência; e, portanto, pode permanentemente acessar ou Testemunhar os estados de vigília, sonho e sono profundo; tal testemunho é chamado de turiya (ou "o quarto," significando o quarto grande estado além da vigília, sonho e sono profundo); e, daí, unir a Testemunha inqualificável vazia com o mundo inteiro da Forma (uma realização não-dual chamada de turiyatita ou sahaja: "espontâneo" e "é isso").
Este modelo nos permite ver como um bebê pode ter acesso aos 3 grandes estados e corpos de realidade bruta, realidade sutil, e realidade causal - mas não de um modo desenvolvido que permita assenhorear-se permanentemente desses domínios. A realização e controle permanentes demandam desenvolvimento e evolução através dos níveis/estágios reais, um desenvolvimento que converte "estados temporários" em "características permanentes." Todavia, conforme o Vedanta/Vajrayana, todos os estágios/estruturas/níveis de consciência - independentemente se os definimos como 5, 7, 12 ou mais - são variações desses 3 grandes domínios de consciência e de seus 3 corpos ou energias de suporte.
A razão da especial importância deste modelo para energias sutis é que nos permite ver por que uma criança possui um campo de energia bruta, um campo de energia sutil e um campo de energia causal (porque ela desperta, sonha, e dorme), mas NÃO possui os campos de energia de espécies e subespécies que acompanham os estágios/níveis específicos de consciência, a menos que realmente desenvolva esses estágios. Por exemplo, uma criança, como um adulto, possui os campos de energia das famílias bruta, sutil e causal, mas não os subcampos de gênero como T-1, T-2, etc. - exatamente do mesmo modo que a criança possui o mesmo estado geral de sonho de um adulto, mas ainda não possui, neste estado de sonho, quaisquer pensamentos dos estágios azul, laranja, amarelo, etc.
Perdoe-me ser repetitivo, mas o impressionante brilhantismo deste esquema me deixa simplesmente perplexo. Não existe nenhum outro modelo que, remotamente, se aproxime de suas capacidades explanatórias, e eu incorporei esses aspectos, virtualmente inalterados, em meu próprio modelo de Psicologia Integral. Desnecessário dizer, a pesquisa moderna nos permite detalhar enormemente este esquema básico - no momento reconhecemos pelo menos 12 (ou mais) importantes níveis/estágios de consciência, que existem em pelo menos duas dezenas de linhas de desenvolvimento diferentes, nenhuma das quais é coberta pelo modelo do Vedanta/Vajrayana. Mas os extraordinários e revolucionários insights estão contidos em suas descobertas pioneiras.
·                     
·                                Rumo uma teoria completa das energias sutis, wilber
Análise transacional, Roberto Crema cap. 2
·                     
·                    Os níveis de consciência.
·                     
·                    John Powell divide as pessoas em dois grupos: “em crescimento” ou “estáticas ou fugitivas”; aquelas que estão abertas ao crescimento ou que estão dispostas a morrer sem Ter vivido realmente. “deixai aos mortos o cuidado de enterrar os vossos mortos”, já disse o Cristo. Sono sem sonhos, com sonhos, c. desperta e consciência cósmica, são níveis de consciência.
·                     
·                    A psicologia transpessoal, Vera pág. 55
·                    Saúde e plenitude, Roberto pág. 132
·                    A psicologia Transpessoal. Márcia Tabone.
·                    Médiuns e mediunidades. Cp. 5. Vianna de Carvalho.
·                    O mais elevado estado de consciência. cap. 78?
·                    Palestra 189 do Pathwork
·                    Despertando para o Eu, pág. 13.
·                    Eléments di psychologie spirituelle, pg. 79.
·                    Fita de Divaldo, os níveis de consciência segundo Ouspensky.
·       
·      O desenvolvimento da consciência.
·       
·      Não consciência no sentido neurológico, mas no sentido de Ser, de existir, de perceber-se. A Vida é consciência de escolha, como diz um físico Hindu: “posso escolher, logo existo”.
·                    Entrega ao Deus interior, parte 3.
·                    As sete etapas de uma transformação consciente, todo.
·                    Luz emergente, cap. 12
·                    The Atman Project. Ken Wilber.
·                    Caminhos Além do ego 1a parte e seção 5
·                    Despertando para o Eu, pg. 75
·                    O fenômeno humano, II cap. 3 It. 2.
·                    Glimpses into the psychology of yoga, parte 2.
·                    Sri Aurobindo or the adventure of consciousness, Cap. 5.
·                    The psychology of transcendence, pg. 30.
·                    Holistic Health, 118.
·                    Além do ego, cap. 2.
·                    No boundary, cap. 10.
·                    Vida desafios e soluções, 8
·                    O eu e o inconsciente, cap. 1, 2 e 12.
·                     
·      As cartografias da consciência
·       
·                    Superconsciente
·                    Consciência
·                    Inconsciente
·       
·                    Futuro
·                    Presente
·                    Passado
·       
·                    Eu superior
·                    Ego
·                    Eu inferior
·       
·            
·                    Energética do psiquismo, todo
·                    Apostila da ABEP TVP
·                    Crema
            Aurobindo, uma psicologia maior, pág. 297

Uma Taxonomia Refinada de Energias Sutis
Vamos usar o esquema comum de "família, gênero, espécie", combinado com a terminologia da Tabela 1, para resumir nossas conclusões (sugeridas).
As três grandes famílias de energia são: bruta, sutil e causal. (Quando necessário, podemos adicionar a família turiya e a família turiyatita.)

1. A família energia-bruta contém os gêneros: gravitacional, eletromagnético, nuclear forte e nuclear fraco.
A. O gênero eletromagnético contém: espécie (1) raios cósmicos, (2) raios de gama, (3) raios-x, (4) luz visível, (5)infravermelho, (6) microondas, etc.
B. O gênero nuclear forte contém: energias de espécies de (1) bárions, (2) hádrons, (3) mésons (etc.)
C. e D. (Do mesmo modo para qualquer espécie possível no gênero gravitacional e no gênero nuclear fraco).
2. A família energia sutil contém os gêneros: etérico (L-1, biocampo-1), astral (L-2, biocampo-2), psíquico-1 (T-1), e psíquico-2 (T-2)
A. O gênero etérico ( L-1 ou biocampo-1) contém:
energias de espécies: (1) viral, (2) procariote, (3) neuronial, (4) cordão neuronial (etc.)
B. O gênero astral (L-2 ou biocampo-2) contém:
energias de espécies: (1) haste cerebral reptiliana, (2) sistema límbico (etc.)
C. O gênero psíquico-1 (ou T-1) contém:
energias de espécies: (1) vermelha, (2) azul, (3) laranja, (4) verde (etc.) [
2]
D. O gênero psíquico-2 (ou T-2) contém:
energias de espécies: (1) amarela, (2) turquesa, (3) coral (etc.)
A família energia causal: contém o gênero campo-C (etc.)
A. O gênero campo-C contém:
espécie nirvikalpa, jnana (etc.) [
3]

Enfatizo novamente que tudo isto é uma questão de convenção e semântica (inclusive o número de níveis que podemos razoavelmente postular). Esta taxonomia é simplesmente uma série de sugestões sobre o que eu acredito ser o requisito mínimo para levar adiante uma teoria integral.
Qualquer bom modelo abre linhas adicionais de pesquisa, e o modelo integral ou AQAL não é exceção. Venho desenvolvendo muitos destes programas de trabalho de pesquisas junto com Bob Richards, co-fundador da Clarus, Inc. e um dos vice-presidentes do Integral Institute. Ficaríamos contentes em discutir estes assuntos com partes interessadas.

Os chacras


·                    Suas correlações com os níveis de consciência. Os chacras são centros de energia psíquica e de consciência. Os sistemas psicológicos podem ser referidos aos chacras. Ajaya, Rama e Ballentine estudam a relação dos chacras com a psicologia do homem.
·                    Funções dos chacras:
1.    Centros de controle e conversão de energia – entre dimensões diferentes e entre o corpo físico e a mente (sublimação).
2.    Centros da consciência, que no caso não se localiza apenas no cérebro, mas espalhada pelo corpo. Os problemas físicos e psíquicos refletem situações dos chacras.
·                     
Na minha opinião, o teste fundamental de qualquer teoria de energias sutis é se ela consegue explicar adequadamente os chacras. O sistema de chacras é, simultaneamente, graciosamente simples e impressionantemente complexo, mas seus fundamentos precisam ser completamente considerados por qualquer teoria de energias sutis.
Permitam-me começar sugerindo uma elucidação usando a figura 10. Nela podemos observar a relação das três grande famílias de energias que compõem o ser humano. Como vimos, mesmo na infância, um ser humano desperta, sonha e dorme; portanto até uma criança tem acesso aos domínios bruto, sutil e causal (embora os conteúdos específicos desses domínios sejam fornecidos pelos estágios de desenvolvimento).

Figure 10. The 3 Major Family Energies Present in a Human From Inception

Isto é indicado na figura. Como estas três famílias de energias somente emergiram, ou manifestaram-se juntas durante o curso da evolução, quando do surgimento do ser humano, então elas são intrínsecas ao hólon humano. Isto é, a família de energias brutas surgiu com o Big Bang; a família de energias sutis, com as células vivas; e a família de energias causais, com os cérebros trinos. Já que cada estágio transcende-e-inclui seus predecessores, todas as três famílias de energias acompanham um corpo humano (que é, de fato, uma conjunção de três corpos).
Assim, até um bebê apresenta os estados de vigília, sonho e sono profundo, bem como suas correspondentes famílias de energias brutas, sutis, e causais - embora, novamente, o conteúdo desses estados de consciência sejam fornecidos por estágios de desenvolvimento, e o gênero e espécie de energias sutis e causais sejam igualmente fornecidos pelos estágios específicos de desenvolvimento (por exemplo, somente quando o ser humano desenvolve pensamentos concreto-operacionais e formal-operacionais os campos T-1 começam surgir, etc.).
Isto significa que, se as grandes tradições estivessem realmente ligadas a estas realidades, elas manteriam que os chacras representam ou contêm os três grandes corpos-mentes (porque todos os três estados/corpos estão presentes desde a infância) E os vários estágios de desenvolvimento da consciência. Em outras palavras, cada chacra contém energias brutas/sutis/causais E cada chacra é um estágio de desenvolvimento ou evolução da consciência.
Desnecessário dizer que isto é exatamente o que encontramos. Há dezenas, talvez centenas, de variações no sistema de chacras encontrado nas diferentes tradições. Novamente darei um tratamento extremamente abreviado e simplesmente apresentarei um exemplo: o resumo global de chacras elaborado por Hiroshi Motoyama. (Nas citações seguintes, substituí "astral" por "sutil," um mero detalhe semântico para ser consistente com os termos que temos usado; o significado não se altera.)
Por um lado, os chacras são realmente estágios de desdobramento evolucionário: "Durante o crescimento espiritual, uma pessoa deve ascender a escada evolucionária por estas dimensões, passo a passo, gradualmente aumentando sua consciência dos domínios mais elevados." [5]
Agora a parte mais difícil. Cada chacra também deve conter energias brutas, sutis e causais, e seus estados de consciência correspondentes (porque mesmo no estágio mais baixo de desenvolvimento - o primeiro chacra - um bebê desperta, sonha e dorme, e possui um corpo bruto, sutil, e causal). Em outras palavras, além de ser um estágio específico de desenvolvimento, cada um do 7 chacras deve conter três corpos/energias e três mentes/estados. Motoyama: "Os chacras são os centros dos sistemas de energia do corpo, que existem em cada uma das três diferentes dimensões: bruta, sutil e causal." Isto é, cada chacra possui estas três dimensões, daí por que cada chacra atua como um intermediário entre as energias brutas, sutis, e causais que circulam no chacra: "Os chacras atuam como intermediários entre as três dimensões [bruta, sutil, causal] e podem converter a energia de uma dimensão na de outra."
Cada uma dessas 3 dimensões de energia/corpo, em cada chacra, também tem sua mente correspondente (isto é, uma versão dos estados de vigília, sonho e sono profundo, correlacionados com energias brutas, sutis e causais, de forma que cada um dos 7 chacras contém corpo-mente bruto, corpo-mente sutil e corpo-mente causal). Assim, cada chacra atua como o intermediário não só entre os 3 diferentes tipos (ou famílias) de corpos/energias presentes em cada chacra, como também entre as 3 mentes (ou 3 grandes estados de consciência) e seu 3 correspondentes corpos/energias em cada chacra. Deste modo, os "chacras também são intermediários entre o corpo físico [bruto] e a consciência [bruta], entre o corpo sutil e os manas [sutis], e entre o corpo causal e karana [causal], isto é, entre o corpo e a mente de cada dimensão" (isto é, entre a consciência/estado e o corpo/energia dos 3 grandes domínios presentes em cada chacra).
Ao mesmo tempo, à medida que ocorre o desenvolvimento ou evolução, os 7 chacras podem ser despertados e conscientizados, quando então funcionam como estágios reais (ou "passos", como Motoyama os chama) da evolução. A visão global dos chacras é bastante sofisticada, e exatamente como nos "pontos essenciais" do modelo de 3 estados, 3 corpos, e 5 níveis do Vedanta/Vajrayana, o sistema de chacras cobre virtualmente todas as bases importantes. Na realidade, é simplesmente uma versão ligeiramente expandida deste modelo, com 7 níveis em vez de 5.
Mas a perspectiva global é consistente: os 7 chacras são 7 níveis/estágios de desenvolvimento ou evolução. Cada um desses níveis existe em três grandes dimensões: bruta, sutil e causal. Na dimensão bruta, os chacras são associados a órgãos e sistemas do corpo, como os órgãos genitais, o plexo solar, o coração, a laringe e a glândula pituitária. Nas dimensões sutis, os chacras aparecem como são mais freqüentemente representados, isto é como centros sutis de energia e consciência alinhados ao longo da coluna (com meridianos secundários como apresentados, por exemplo, na acupuntura). Na dimensão causal, os 7 estágios são tão sutis e tão etéreos que começam a perder definição, mas ainda estão presentes como a essência causal e suportam todos os níveis e dimensões juniores - o que o Vajrayana chama de "os chacras verdadeiramente sutis".
Isto significa que cada um dos 7 chacras tem uma dimensão de energia bruta, sutil e causal. Como Motoyama assinala, cada chacra atua como uma estação transformadora entre essas 3 energias à medida que aparecem no respectivo chacra (por exemplo, o chacra da garganta pode converter energia bruta do alimento em energia sutil, ou pode converter energia causal em energia sutil, e assim por diante). Além disso, cada chacra medeia a energia/corpo com a consciência/mente (por exemplo, o chacra da garganta medeia as energias brutas, sutis, e causais com os estados de vigília, sonho e sono profundo naquele nível). Em outras palavras, cada chacra contém, em seu nível, o corpo-mente da família-bruta, o corpo-mente da família-sutil e o corpo-mente da família-causal; e medeia essas 3 energias umas com as outras E as várias energias com suas mentes correspondentes.
Finalmente, cada chacra também representa um estágio de desenvolvimento ou evolução (os chacras são uma variação da Grande Cadeia: da matéria para o corpo, para a mente, para a alma, para o espírito); conseqüentemente, cada chacra é uma estação transformadora que medeia os grandes estados de consciência (vigília, sonho e sono profundo, os quais estão presentes desde a infância e presentes em todos os chacras) e o conteúdo real, características, gênero e espécie da energia e da consciência, à medida que a evolução ou desenvolvimento acontece através desses 7 grandes estágios ou níveis. Os gêneros e espécies da consciência e da energia não estão completamente presentes ou manifestos na infância e, conseqüentemente, o desenvolvimento é o aparecimento e maturação de 7 níveis de consciência e de suas 7 assinaturas de energia ou corpos correlatos (ou impressões digitais de energia de gênero e espécie em cada um dos 7 chacras).
O bebê ao nascer tem todos os 7 chacras, particularmente em suas formas brutas, mas os chacras estão largamente adormecidos (especialmente em suas formas mais sutis). Cada chacra contém ou transmite um estado de vigília, sonho e sono profundo; e cada chacra possui uma correspondente família de energia bruta, sutil, e causal oscilando através dele (embora, novamente, os chacras mais elevados estejam relativamente adormecidos, e os gêneros e espécies de energias estejam relativamente adormecidos). À medida que ocorre o crescimento e o desenvolvimento, chacras mais elevados sucessivamente são acordados; embora, considerando que cada chacra existe numa dimensão bruta, sutil e causal, essas dimensões podem, às vezes, desenvolver-se desigualmente. Muitos adultos, por exemplo, amadurecem para os chacras brutos mas com pequeno despertar dos chacras sutis (Leadbeater, por exemplo, escreveu extensivamente sobre este tópico). Vide Psicologia Integral para uma discussão do desenvolvimento dos "três-domínios".
Sempre que um chacra desperta, assume o conteúdo do estágio de desenvolvimento de sua posição; e atua como mediador entre os grandes estados de vigília, sonho e sono profundo (e suas energias), cujo conteúdo está sendo fornecido pelo estágio real de desenvolvimento (como vimos com o exemplo dos conteúdos do estado de sonho). Novamente, este é essencialmente o modelo do Vedanta/Vajrayana, apenas sofisticado e dissecado.
·                     
·                    Exercícios práticos, utilizando a música e trabalhando os chacras.
·       
·      Correlação entre níveis de consciência e chacras.
·       
·                    Apostila da círculus.
·                    Novas dimensões da cura espiritual, cap. 6 , II
·                    Energética do psiquismo, Jorge Andréa, cap. 3.
·                    Apostila de Celeste Carneiro.
·                    Mãos de Luz, cap. 9
·                    Chakras, Raios e radiônica.
·                    Palestras 172 e 173 do Pathwork.
Apostilas do curso de Passes de Celeste Carneiro.
Fronteiras da evolução e da morte, todo
Teoria dos chacras, Motoyama

O ensinamento de Sri Aurobindo

(É realmente possível “explicar”, de forma clara e resumida, o denso e multifacetado ensinamento de Sri Aurobindo? Instado por discípulos, o próprio Sri Aurobindo aceitou o desafio – leia no texto abaixo o resultado. O texto foi escrito por ele na terceira pessoa.)
O ensinamento de Sri Aurobindo parte daquele dos antigos sábios da India, de que por trás das aparências do universo existe a Realidade de um Ser, de uma Consciência, um Si de todas as coisas, único e eterno. Todos os seres estão unidos neste Si e Espírito Uno, mas divididos por uma certa separatividade de consciência, uma ignorância de seu verdadeiro Si e Realidade na mente, na vida e no corpo. É possível, por uma certa disciplina psicológica, remover esse véu de consciência separativa e tornar-se consciente do verdadeiro Si, a Divindade dentro de nós e dentro de tudo.
O ensinamento de Sri Aurobindo afirma que este Ser e Consciência Único está oculto aqui na matéria. A evolução é o método pelo qual ele se liberta; a consciência surge naquilo que parece ser inconsciente, e uma vez que tenha surgido, é auto-impelida a crescer cada vez mais e, ao mesmo tempo, a ampliar-se e a desenvolver-se em direção a uma perfeição cada vez maior. A vida é o primeiro passo dessa liberação da consciência; a mente é o segundo; mas a evolução não termina com a mente, ela aguarda a liberação em algo maior, uma consciência espiritual e supramental. O próximo passo da evolução deve ser em direção ao desenvolvimento da Supramente e do Espírito como o poder dominante no ser consciente. Pois só então a Divindade oculta nas coisas irá libertar-se inteiramente e tornar possível para a vida manifestar a perfeição.
Mas, enquanto os passos anteriores na evolução foram dados pela Natureza, sem uma vontade consciente na vida vegetal e animal, no homem a Natureza torna-se capaz de evoluir por uma vontade consciente no instrumento. Não é, contudo, pela vontade mental no homem que isso pode ser inteiramente realizado, pois a mente só vai até um certo ponto e, depois disso, pode apenas mover-se em círculos. Um conversão deve ser efetuada, uma mudança de consciência pela qual a mente tem que se transformar em um princípio mais elevado. Esse método deve ser encontrado através da antiga disciplina e da prática psicológica do Yoga. No passado, isto foi tentado por meio de uma retirada do mundo e um desaparecimento nas alturas do Si ou do Espírito. Sri Aurobindo ensina que é possível uma descida do princípio mais alto, o qual não irá apenas libertar o Si espiritual fora do mundo, mas libertá-lo no mundo, substituir a ignorância da mente ou seu conhecimento extremamente limitado, por uma Consciência-Verdade supramental, que será um instrumento efetivo do Si interior e tornará possível ao ser humano encontrar a si próprio tanto dinâmica quanto interiormente, e crescer a partir de sua humanidade ainda animal rumo a uma raça mais divina. A disciplina psicológica do Yoga pode ser utilizada para esse fim por meio da abertura de todas as partes do ser para uma conversão ou transformação através da descida e da operação do mais elevado princípio supramental ainda oculto.
Isto, contudo, não pode ser feito de uma vez ou num curto período de tempo, ou por qualquer transformação rápida ou milagrosa. Muitos passos devem ser dados pelo buscador, antes que a descida supramental seja possível. O homem vive de forma predominante em sua mente, sua vida e seu corpo de superfície, mas existe um ser interior dentro dele, com maiores possibilidades, para as quais ele deve despertar – pois é tão somente uma influência muito restrita desse ser interior que ele recebe agora e que o impele a perseguir sem cessar uma beleza, uma harmonia, um poder e um conhecimento cada vez maiores. Portanto, o processo inicial do Yoga é abrir as extensões desse ser interior e viver de dentro para fora, governando sua vida exterior por meio da luz e da força interiores. Assim fazendo, ele descobre em si próprio sua verdadeira alma, a qual não é essa mistura externa de elementos mentais, vitais e físicos, mas algo da Realidade que se acha por trás deles, uma centelha do Fogo Divino e Único. Ele tem que aprender a viver em sua alma e purificar e orientar o restante da natureza dirigindo-a rumo à Verdade. Posteriormente, pode seguir-se uma abertura para o alto e a descida de um princípio superior do Ser. Mas, mesmo assim, não se trata ainda da plena Luz e Força supramentais. Pois existem diversas extensões de consciência entre a mente humana comum e a Consciência-Verdade supramental. Essas extensões intermediárias devem ser abertas e seu poder trazido para a mente, a vida e o corpo. Apenas então pode o pleno poder da Consciência-Verdade atuar na natureza. O processo dessa auto-disciplina ou Sadhana é, portanto, longo e difícil, mas mesmo um pouco disso é uma grande conquista, porque torna a libertação e perfeição últimas mais possíveis.
Existem muitas coisas pertencentes aos antigos sistemas que são necessárias no caminho – a abertura da mente para uma maior amplidão e para o sentido do Si e do Infinito, o emergir no que tem sido denominado de consciência cósmica, o domínio dos desejos e paixões; um ascetismo exterior não é essencial, mas a conquista do desejo e do apego, e um controle sobre o corpo e suas carências, ânsias e instintos são indispensáveis. Há uma combinação de princípios dos antigos sistemas: o caminho do conhecimento através do discernimento mental entre Realidade e aparência, o caminho da devoção do coração, do amor e da auto-entrega, e o caminho do trabalho, afastando a vontade dos motivos de auto-interesse e voltando-a para a Verdade e para o Serviço de uma Realidade maior que o ego. Pois todo o ser deve ser treinado para que possa responder e ser transformado, quando se torne possível que aquela Luz e Força mais elevadas atuem na natureza.
Nessa disciplina, a inspiração do Mestre e, nos estágios difíceis, seu controle e presença, são indispensáveis – pois seria impossível de outra maneira passar por isso sem muitos tropeços e erros, o que poderia impedir qualquer chance de sucesso. O Mestre é aquele que se elevou a uma consciência e a uma existência superiores, e ele é freqüentemente considerado como sua manifestação ou seu representante. Ele não apenas auxilia por seu ensinamento, e mais ainda por sua influência e exemplo, mas pelo poder de comunicar sua própria experiência a outros.
Este é o ensinamento e o método de prática de Sri Aurobindo. Não é seu objetivo desenvolver nenhuma religião ou misturar as antigas religiões ou fundar qualquer religião nova – pois qualquer dessas coisas poderia levar a um afastamento de seu propósito central. A meta única de seu Yoga é um auto-desenvolvimento interior pelo qual cada um que o siga, pode, no tempo apropriado, descobrir o Si Uno em tudo e desenvolver uma consciência mais elevada que a mental, uma consciência espiritual e supramental que irá transformar e divinizar a natureza humana.
 
Sri Aurobindo
On Himself” (1972) – Page 95: “Sri Aurobindo’s teachings and method of sadhana

As práticas espirituais
·       
·                         Espiritualidade essencial, pg. 3 e todo
·       
·           A meditação

·                     
·     A concepção biopsicosocioespiritual, AQAL
·       
·       
·     OS QUATRO QUADRANTES
·      


SUPERIOR ESQUERDO
Interior-Individual




SUPERIOR DIREITO
Exterior-Individual




INFERIOR ESQUERDO
Interior-Coletivo




INFERIOR DIREITO
Exterior-Coletivo




O quadrante SUPERIOR ESQUERDO cobre os aspectos interiores-individuais da consciência humana, como estudado pela psicologia do desenvolvimento, tanto na sua forma convencional quanto contemplativa.
O quadrante SUPERIOR DIREITO cobre os aspectos exteriores-individuais da consciência humana, como estudado pela neurologia e ciência cognitiva.
O quadrante INFERIOR ESQUERDO cobre os aspectos interiores-coletivos da consciência humana, como estudado pelas ciências da cultura: psicologia cultural e antropologia.
O quadrante INFERIOR DIREITO cobre os aspectos exteriores-coletivos da consciência humana, como estudado pela sociologia.
A cultura Ocidental tende a super enfatizar os quadrantes do Lado Direito (ciência do cérebro, sociologia), e negligenciar os quadrantes do Lado Esquerdo (introspecção, cultura humana).
O modelo integral da consciência compensa esse desequilíbrio ao apontar a importância dos quadrantes do Lado Esquerdo.
Uma maneira de compreender o modelo dos Quatro Quadrantes é ver o quadrante SUPERIOR ESQUERDO como primário e os outros três quadrantes como as várias maneiras que a consciência humana individual está condicionada pelo cérebro físico, influências culturais e estruturas sociais.
Uma visão mais radical é ver os Quatro Quadrantes como as quatro maneiras nas quais o Espírito Universal simultaneamente se manifesta.
Todos os quadrantes interagem mutuamente um com o outro. Um estágio específico do desenvolvimento individual (p. ex. mente abstrata) se reflete em um estágio de desenvolvimento neurológico (p. ex. o neocórtex), um estágio de desenvolvimento cultural (p. ex. racionalização) e um estágio de desenvolvimento da sociedade (p. ex. industrialização).
Cada quadrante consiste em nove níveis/estágios. A combinação dos quadrantes com os níveis gera a abordagem "todos os quadrantes, todos os níveis" da Filosofia Integral.